Entrevistado hoje (7) no Jornal do Almoço da RBSTV Psiquiatra Manoel Garcia Jr falou sobre “Vicio em Jogos”






   A Jornalista e Apresentadora do Jornal do Almoço, da RBSTV, Cristina Ranzolin, entrevistou hoje (7) o Psiquiátra e Vice-Presidente da Cruz Vermelha Brasileira Filial do Estado do Rio Grande do Sul (CVB Filial RS), Manoel Garcia Jr, que destacou quanto ao tema: “Vício em Jogos”...

   “O vício em jogos é muito similar ao vicio de outras substâncias, como cocaína ou álcool. A pessoa começa a necessitar cada vez mais de usar aquele instrumento que é como fuga ou como prazer, que é instrumento que lhe faz bem. A pessoa procura mais o jogo , aposta quantidades maiores, fica um tempo maior apostando, fazendo uso do jogo. Ele quando não está jogando, sente saudade, sente necessidade, sente a abstinência do jogo, ele fica irritado, fica irriquieto, fica depressivo”.

   Manoel Garcia ressaltou que “é um conjunto de sinais/sintomas que são similares àqueles que acontecem no álcool ou em outras drogas. Quando ele joga, libera dentro dele também dopamanina e serotonina - dando prazer. O jogo também ativa no nosso cérebro regiões similares em que o álcool ativa ou a maconha ativa, que é a região mesolímbica - a região do prazer na nossa cabeça”.

   Segundo o Psiquiatra e Vice-Presidente da CVB Filial RS, “não existe uma saída fácil, a saída sempre é uma mudança comportamental. A mudança de comportamento, é uma mudança de estilo de vida, de como a gente faz para resolver a vida da gente, como a gente se posiciona frente as coisas do nosso dia-a-dia. É necessária algumas vezes psicoterapia. É necessária a participação em grupos de auto-ajuda - existem os grupos de jogadores anônimos, grupos de “JOG-ANON” que são familiares de jogadores anônimos compulsivos. Por outro lado, muitas pessoas tem uma patologia psiquiátrica associada – não é raro depressão/bipolaridade” .

   Ao longo da entrevista no Jornal do Almoço, Manoel Garcia Jr enfatizou que “alguns remédios , - principalmente - antidepressivos podem eventualmente diminuir a compulsão pelo jogo, mas são medicamentações coadjuvantes no tratamento, já que o grande tratamento é a modificação pessoal.tanto da família quanto do usuário do jogo”.

   Manoel Jr finalizou salientando que “a família é tomada pela mesma desesperança que o jogador, A família começa a acreditar que ele também não vai mais conseguir parar de jogar. É necessário que a família quebre este circulo de desesperança e procure ajuda mesmo quando o jogador não aceita ajuda. A ajuda pode ser tanto profissional - da área - como um psicólogo ou psiquiatra, ou pode ser através de um grupo de auto-ajuda como o JOG-ANON, pois a partir deste movimento da família, normalmente existe também um movimento de resposta positiva por parte do jogador”.











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